terça-feira, 1 de junho de 2010

Estado-Nação e a Globalização

A população mundial nos dias de hoje vê-se envolvida na teia que se denomina por: globalização


Este fenómeno, que invade fronteiras, modifica costumes, expande as novas técnicas científicas e tecnológicas, constrói e destrói mercados, com a sua nova dinâmica, dificulta o controlo estatal sobre questões até agora determinadas como suas. Novas formas de actividades são levadas a cabo, a exemplo da tecnologia da informática e de transações comerciais feitas entre países em questão de segundos, obrigando as instituições estatais a repensar as suas estratégias. O sistema capitalista que se alargou pelo mundo, trazendo consigo a ideia da individualização do lucro e do pensamento neoliberal, exige a abertura das fronteiras de todos os países do mundo, conduzindo com isso várias formas de dominação das potências desenvolvidas sobre países do terceiro mundo.

Verificamos, do outro lado, que, com a abertura dos mercados e a dominação do capital e do lucro pelos países desenvolvidos, cresce a situação da pobreza dos países periféricos, com imensos efeitos negativos para a sua população e com consequências sociais enormes, como a deficiência da educação, da saúde, e o aumento da criminalidade.

Ao mesmo tempo que cresce a desigualdade social das populações, o Estado-nação vai ficando cada vez mais debilitado, perdendo as suas mais nobres funções, começando com a dominação económica através das "ajudas" das instituições financeiras e de países ricos interessados na sua manutenção. A "ajuda", através de empréstimo, vem sempre ligada a várias imposições económicas e políticas, sob pena de indeferimento, causando, portanto, a debilitação do Estado-nação.

Por outro lado, outros fatores que ultrapassam as questões económicas, mas quase sempre são por originados, corroboram para o enfraquecimento do Estado-nação e a perda da sua própria identidade. São problemas como a segurança, ligada ao terrorismo, a migração, que é vista nos dias de hoje como uma ameaça à concorrência e postos de trabalho, e o ambiente, tornando-se numa questão transnacional e que assim, tal como a segurança e a migração, exigem a actuação de supra e multinacionais, como é o exemplo do FMI e do Banco Central Europeu, devido à deficiência e incapacidade de actuação do micra organismo governamental, que é o Estado.




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