terça-feira, 1 de junho de 2010

Saddam Hussein - o fim

O ex-presidente do Iraque, foi acusado de violações dos Direitos Humanos durante o seu governo e foi condenado à pena de morte (por enforcamento) pelo assassinato de 148 homens, predominantemente xiitas, na cidade iraquiana de Dujail em 1982.

A 5 de novembro de 2006, um ano e 15 dias após o início de seu julgamento, Saddam Hussein, 69 anos, foi condenado à forca pelo tribunal que julgou os crimes cometidos pelo regime ditatorial que o próprio comandou durante 24 anos, entre 1979 e 2004. O ex-ditador foi considerado culpado do massacre, em 1982, de 148 xiitas no povoado de Dujail (sul do Iraque), onde sofrera uma suposta tentativa de assassinato. Saddam já havia declarado que preferia o exército de fuzilamento, para morrer como um militar. Paralelamente, foi também julgado pelo massacre de milhares de curdos no final dos anos 80, e a acusação reúne provas sobre outros sete crimes.

A sentença, anunciada pela junta de cinco juízes responsável pelo tribunal, pôs fim a um julgamento que se arrastou por quase 13 meses e foi marcado pelo assassinato de três advogados de defesa, a troca do juiz-chefe e sucessivos adiamentos e interrupções. "Vida longa ao povo! Vida longa à nação árabe! Morte a nossos inimigos", bradou Saddam ao ouvir a sentença lida pelo juiz-chefe, Raouf Rasheed Abdul Rahman, que tentou inutilmente acalmá-lo antes de mandar retirá-lo da corte, na Zona Verde, em Bagdá. "Abaixo os espiões", continuou, dedo em riste. "Deus é grande".

Com Saddam, foram também condenados à morte, o seu meio-irmão Barzam Ibrahim al Tikriti, chefe da polícia secreta do regime, e Awad al Bandar, que dirigia o tribunal revolucionário, incumbido de emitir as sentenças.

Nações e entidades contrárias à pena de morte - como a União Européia e o Vaticano - já manifestaram-se contra a sentença e à defesa do ex-ditador, de modo a alterar a sua condenação para prisão perpétua.

No dia 26 de dezembro de 2006, a corte de apelações do Iraque confirmou a sentença de morte contra Saddam Hussein. Como não havia mais possibilidade de apelos, a sentença de enforcamento foi executada no dia 30 de dezembro de 2006.

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